Entre 1943 e 1950 essas terras pertenciam ao município de Mandaguari. A história registra que no primeiro movimento, com os ideais de colonização do lugar, deu-se em Janeiro de 1950.
Em 1951, por causa da extensa área que compreendia o município de Mandaguari, teve-se o desmembramento e a criação do município de Nova Esperança, que então passou a responder pela jurisdição do pequeno povoado.
Em 14 de Dezembro de 1953, pela Lei Estadual nº 1.524, o núcleo de Atalaia foi elevado à condição de Distrito Administrativo de Nova Esperança, e desenvolvida pela Companhia de Melhoramentos Norte do Paraná. A ocupação e o povoamento foram facilitadas devido à fertilidade de seu solo e ao cultivo do café.
Criado através da Lei Estadual n° 4.245 de 25 de julho de 1960, e instalado em 15 de novembro de 1961, foi desmembrado de Nova Esperança.
A partir da década de 70, a cafeicultura foi sendo substituída pela agricultura mecanizada da soja, trigo e milho e pelos cultivos de cana-de-açúcar e algodão.
O termo "Atalaia" origina-se da posição geográfica, da sede municipal, e é definido: De onde se pode avistar ou vigiar o lugar, “local alto, semelhante à de uma sentinela”. Denominação dada pela companhia colonizadora através de seu Departamento Topográfico, dirigido por Wladimir Babkov. Existe cidade homônima no Estado de Alagoas e no Estado do Amazonas.
O município de Astorga é o que se pode chamar de uma das realizações vitoriosas da Companhia de Terras Norte do Paraná, que colonizou quase todo o novo norte paranaense. Em 1945, a companhia organizou um loteamento em uma área de 8 alqueires, que deu origem a cidade de Astorga. Os primeiros moradores de Astorga foram Antenor Domingues, que veio com sua mulher e sete filhos, juntamente com o casal Miguel Francisco da Costa e esposa. A Lei Estadual nº 02, de 10 de outubro de 1947, criou o Distrito Administrativo de Astorga, no município de Arapongas. O município foi criado em 14 de novembro de 1951, através da Lei Estadual nº 790, com território desmembrado de Arapongas. A instalação deu-se em 14 de dezembro de 1952. O nome da cidade de Astorga foi dado pelo engenheiro e agrimensor de origem russa, Wladimir Babkov. Babkov chegou ao Brasil na década de trinta e prestou valiosos serviços à nação através da Companhia de Terras Norte do Paraná. O nome Astorga, segundo Wladimir Babkov, foi escolhido após girar um globo terrestre e parar com o dedo indicador sobre o nome Astorga, na Espanha, no continente europeu.
Fundada em 14 de novembro de 1951, foi elevado a município em 14 de dezembro de 1952, sendo desmembrado de Arapongas. O nome da cidade é uma homenagem à homônima espanhola.
Muitas controvérias versam o nome de Astorga, mas a mais aceita e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é que a origem do nome Astorga constituiu homenagem ao General Ascoot, um dos diretores da Companhia de Terras Norte do Paraná, natural do Condado de Astorga na Inglaterra.
Dethalhe, Astorga foi reconhecida como municipio no mesmo dia, mes e ano que Cascavel 14/12/1952
História de Assis Chateaubriand
Postado por Rodrigo | 16:05 | Assis Chateaubriand, Cidade, História | 1 comentários »O Oeste do Paraná tem uma rica história na sua contextualização, pois a partir do final de 1541, o espanhol Alvar Nunes Cabeza de Vaca, adentrou ao território do Guairá, terra de muitas riquezas (árvores, fauna, rios e terras para o cultivo). Com sua comitiva atravessou o Rio Iguaçu (Foz do Iguaçu), percorreu as margens do Rio Tibagi (Curitiba), atravessou o Rio Ivaí (Maringá), tomando rumo do oeste, transpassando o Rio Piquiri (Umuarama e Assis Cahteaubriand) em dezembro de 1541, retornando ao ponto de partida.
É nesse período que desbravadores passaram pela região e o contato com a natureza, animais e índios deu-se de uma forma harmoniosa. A referida área que compreende o Município de Assis Chateaubriand, na atualidade, está situada no Vale do Rio Piquiri, sendo esta de domínio particular (terras que foram repassadas pelo Governo Imperial, numa área de 219.244 alqueires paulistas, que compreendia desde o Rio Melissa (Município de Nova Aurora) até o Rio Azul (Município de Palotina), tendo como ponto de partida o ano de 1843, mais precisamente dia 10 de julho de 1843, documentada na Freguesia de Nossa Senhora do Belém de Guarapuava, a favor de Francisco Antonio dos Santos. Tal imóvel rural foi denominado “Gleba Santa Cruz” e que após várias transferências, num total de 21, no ano de 1952, iniciou os trabalhos de colonização com Adízio Figueiredo dos Santos, através da Colonizadora União D´Oeste Ltda, onde foi registrado uma área de 90 mil alqueires paulistas no dia 15 de setembro de 1952.
No Governo Bento Munhoz da Rocha Neto (1951-1955), as terras foram confiscadas pela União, pois entendiam que eram terras devolutas. Com um Mandato de Segurança, Bento Munhoz da Rocha Neto garantiu a posse das terras.
Após julgamento a favor da Colonizadora, houve uma negociação com o governo de Moisés Lupion (1956-1960), chegando à seguinte resolução: fora devolvido metade das terras para o Governo e a Colonizadora União D´Oeste Ltda ficou com posse definitiva, compreendendo entre o Rio Verde (Município de Jesuítas) e o Rio Azul (Município de Palotina).
De 1952 a 1958, foi dada a denominação de Campo dos Baianos, em homenagem, a José Antonio de Araújo, o popular “Baiano da Foice”, que na época, cuidava do campo de aviação e, também por sua origem nordestina. A primeira estrutura urbana foi criada, pequena e rústica, montada para receber compradores e corretores de terras.
Nesse período, Adízio Figueiredo dos Santos também atribuiu a essa localidade de “Cidade Morena”, devido a vinda de pessoas do norte do país, por sua cor de jambo, morena, bonita e também como se fosse uma ilha étnica de pessoas oriundas do norte e do sul, ou seja, o encontro de duas correntes migratórias.
A Colonizadora Norte do Paraná S.A. começou a desbravar a região Vale do Rio Piquiri, em 28 de setembro de 1958, encontrando terras férteis, consideradas “as melhores do mundo”.
Oscar Martinez foi o fundador da Cidade de Tupãssi, que em Tupi-Guarani significa “Mãe de Deus”. Esse nome originou-se, em 15 de dezembro de 1960, com a compra de uma de suas fazendas, no pantanal do Mato Grosso, que chamava Tupaci, na língua dos índios Kaduwéus (índios cavaleiros).
O Distrito de Tupãssi crescia, tanto no número de habitantes, quanto na agricultura. O Cartório do Registro Civil que existia naquela época registrou em 1962, o nascimento de 81 crianças. O número de registros aumentou para 251 em 1963 e 588 em 1964. Registrou-se também em Tupãssi, em 1962, apenas um casamento. No entanto, em 1963 eram 21; em 1964, 84 e até o dia 1º de setembro de 1965, haviam sido realizados 103 casamentos.
A pedido do Jornalista David Násser, na ocasião em que o embaixador Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, iria se submeter a uma difícil intervenção cirúrgica nos Estados Unidos, mudou o nome Tupãssi para Assis Chateaubriand, em homenagem ao representante dos jornalistas brasileiros, imortalizando assim, o nome desse audaz pioneiro e semeador do progresso.
O Governador Paulo Cruz Pimentel, em solenidade realizada num barracão anexo à Paróquia Nossa Senhora do Carmo no dia 20 de agosto de 1966, criou o Município de Assis Chateaubriand, desmembrado de Toledo, elevando sua sede à categoria de cidade, cuja lei foi sancionada “in loco” (Lei n.° 5.389). Nesse dia esteve presente o embaixador Assis Chateaubriand, que em trecho de seu discurso disse: “A homenagem deveria ser prestada ao bandeirante Raposo Tavares, pois se não fosse ele o Paraná nunca haveria de ser brasileiro”.
No ano de 1983, através de consulta popular, a cidade passou a ter também um Slogan que identifica sua cultura, seus valores, passando a ser chamada de “Morada Amiga”.
Denominações já atribuídas ao Município de Assis Chateaubriand: Campo dos Baianos / Cidade Morena de 1952 a 1958; Tupãssi, de 1958 a 1966; Assis Chateaubriand, a partir de 1966; Morada Amiga (Slogan da Cidade) em 1983.
A história de Assaí começa a ser contada quando o cônsul do Japão em São Paulo, Noriyuki Akamatsu, começou a incentivar os imigrantes a emigrarem para o Paraná. Os comentários de que as terras eram altamente produtivas levaram o cônsul a enviar observadores para a região, entre eles alguns agrônomos. A constatação da fertilidade do solo pelos observadores do Consulado deu origem à fundação da Cooperativa de Imigração, em 1927, presidida por Mitusada Umetani, um dos homens que percorrera toda a região. Em 14 de novembro do ano seguinte, foi firmado um contrato de compra e venda de uma gleba de 12 mil alqueires na localidade então conhecida por Três Barras.
Como quase todas as cidades do Norte Paranaense, Assaí nasceu e cresceu graças ao impulso colonizador das Companhias de Terras que se formavam para o desbravamento da região.
Em 1932, um grupo de homens de origem japonesa, após adquirir do governo do estado considerável área de terras devolutas nesta região do vale do Rio Tibagi, no dia 1º de maio daquele ano e partindo da centenária cidade de Jataí (hoje Jataizinho), embrenhou-se mata a dentro, cujo grupo era chefiado pelo Senhor Miyuki Saito e integrado pelos Senhores Itissuke Nishimura, Utaro Katsuda, Tokujiro Tsutsui e Junzo Nagai, os quais inicialmente alcançaram onde hoje se localiza a Sede da secção Peroba; ali foi derrubada a primeira árvore para ser localizada a sede provisória da Fazenda Três Barras.
No mesmo ano, após levantamentos geográficos e topográficos, foi mudada para onde está localizada atualmente a cidade de Assaí. O motivo da escolha do local em terreno mais acidentado, foi devido à mentalidade dos imigrantes japoneses, que destinam as áreas de topografia plana para aproveitamento na agricultura.
Inicialmente, a sede já bastante povoada, foi chamada Assailand em homenagem aos colonos japoneses aí estabelecidos (Assahi - sol nascente e Land - terra). O progresso e desenvolvimento de Assailand, graças a fertilidade da terra e condições favoráveis, principalmente as culturas de algodão e café, atrairam gradualmente várias levas de imigrantes em sua maioria de origem japonesa.
Ainda em 1932, apontaram a esta terra, entre outros, os Senhores Shozaemon Moriya, Yukito Iwata, To Ishikawa e Tomotada Ikeda, que com Utaro Katsuda compõe o grupo dos cinco fundadores de Assaí.
No dia 4 de maio daquele mesmo ano, a Estrada de Ferro São Paulo-Paraná chegou ao Município de Jataí (Jataizinho) e a Companhia Bratac deu início à venda de lotes em Três Barras. Nesse ano ainda, 1932, entraram na localidade cinco famílias japonesas, oriundas da Fazenda Nomura, de Bandeirantes: Massayuki Tsujimoto, Yukito Iwata, Rokuiti Funada, Too Ishikawa e Shozaemon Moriya, os pioneiros de Assaí.
Embora a gleba estivesse comprada desde 1927, sua colonização só teve início cinco anos mais tarde, em razão de uma restrição do Governo Paulista ao plantio de café naquele Estado. Além disso, a ocupação se processou de forma lenta, a princípio, porque algum tempo antes começaram a ser vendidos lotes na então chamada Colônia Internacional (Londrina), para onde vieram muitos imigrantes japoneses. Outro fator também contribuiu para atrasar ainda mais a ocupação de Três Barras no seu surgimento: o caminhão de que dispunha a Bratac para transportar os desbravadores e mantimentos de Bandeirantes até lá, foi requisitado pelo Governo em razão da revolução eclodida em junho de 1932. A partir daí, o transporte era feito por carroças puxadas a boi, que levam mais de uma semana para percorrer o trajeto. A soma desses fatores ocasionaram uma paralisação no desenvolvimento da nova comunidade.
Os problemas, no entanto não cessaram aí. Os primeiros colonizadores encontraram dificuldades para o abastecimento de água, pois a área que ocupavam estava sobre uma imensa laje de pedra atualmente denominado Córrego Passo Fundo, dificultando a perfuração de poços. Tiveram que se abastecer com águas de um rio que passava perto dali. Outro fator limitante foi a perda de praticamente toda a primeira safra, em virtude das fortes chuvas que caíram na região naquela época. Os pioneiros não desanimaram. Naquele tempo mesmo ano, 1932, Samon Tanji foi para Três Barras, onde abriu uma filial de casa de comércio Yamaguchi, de Bandeirantes. Os três primeiros lotes urbanos, aliás, foram doados pela Bratac e, assim, foram instalados também o Açougue Yokoyama e o Hotel Miyake.
Apesar de todos os problemas enfrentados pelos pioneiros, o núcleo conseguia desenvolver-se e chegou a impressionar o Cônsul Geral do Japão no Brasil, Yuwataro Utiyama, que visitou a localidade em outubro de 1933, em companhia do diretor da Bratac, Kunito Miyasaka. Ao retornar a São Paulo, o cônsul escreveu uma carta, manifestando-se admirado e elogiando os esforços daqueles que, enfrentando inúmeras dificuldades, implantavam uma nova civilização em plena mata virgem. Dizia ele, finalizando, ter certeza de que muito em breve Assaí seria o paraíso dos colonizadores.
No ano seguinte ao da visita do cônsul, 1934, Assaí ganha sua primeira olaria, que veio a dar um grande impulso ao desenvolvimento da localidade. Pouco antes, fora instalada também uma farmácia, montada por um médico que, contratado pela Companhia Colonizadora, vinha duas vezes por semana dar assistência aos moradores. Em 1934 ainda, começa a funcionar a primeira escola de língua japonesa, na casa do engenheiro Kameyama, e as aulas eram ministradas por sua esposa e seis alunos apenas.
Uma experiência feita pelo agricultor Heiju Akagui, que plantou algodão em 1934, foi o impulso que faltava para que a comunidade atingisse seu pleno desenvolvimento. Ele colheu 360 arrobas de algodão por alqueire e o fato ganhou dimensões inimagináveis. Para se ter uma idéia do que essa safra representou, basta dizer que até então a Companhia havia vendido apenas 213 alqueires e, a partir da safra de Akagui, chegou ao final de 34 com 2140 alqueires vendidos. Já eram 22 famílias na localidade, distribuidas nas Secções Bálsamo, Figueira e Palmital.
O ano de 1935 talvez tenha sido o mais importante entre os primeiros vividos pela comunidade de Três Barras. Acontecimentos bons e ruins marcaram naquele ano de crise agrícola, que provocou o desinteresse de futuros compradores. Cerca de 200 famílias já residiam na localidade e o algodão era a principal cultura, da qual elas tiravam seu sustento até que o café começasse a produzir. Entre os pés de café e algodão, os agricultores plantavam feijão, que além de fornecer alimento para eles próprios, era vendido a terceiros e custeava as outras plantações. Os problemas se sucediam e as famílias decidiram fundar a Associação dos Agricultores de Três Barras, cujo objetivo era discutir a política agrícola, buscando soluções para as dificuldades comuns.
Naquele ano ainda, em agosto, foi realizada a primeira exposição da localidade, com 217 expositores no total. A mostra foi sucesso. No mesmo ano, em Curitiba, acontece a Exposição do Algodão, com 11 agricultores recebendo medalhas de ouro pela quantidade do produto exposto. Os juízes, todos agrônomos da Secretaria de Estado da Agricultura, deram medalha de ouro aos seguintes produtores de Assaí: Iwao Aida, Riichi Tatewaki, Yukito Shimizu, Minori Murata, Mitsuji Yamada, Kenzo Tojo, Kozo Kusama, Koji Shibayama, Tyusaku Takinami, Sanji Moriyama e Kaiji Ido.
Um caso de maleita ocorrido na época assustou os moradores e os interessados em adquirir terras na região. Trouxe, porém, um benefício: a Companhia Colonizadora, a partir do caso, contratou um médico para dar assistência permanente aos habitantes de Três Barras, doutor Torata Kameno. Todos foram aconselhados a não se aproximarem das margens do rio Tibagi na época de chuvas, já que um pescador havia contraído a doença nessas condições.
Fonte: Prefeitura Municipal
A colonização do território que compreende o atual município de Ariranha do Ivai acompanhou o desenvolvimento político e econômico de Ivaiporã. De 1940 até 1960, o núcleo que deu origem a localidade de Ariranha era conhecido por Arroio Bonito da Fazenda de Ubá. Com o aumento da população a Companhia Ubá, empresa que colonizou Ivaiporã e vasta região limítrofe destinou uma área para o loteamento do núcleo urbano. Desde então, o antigo Arroio Bonito passou a chamar-se Ariranha. A denominação é de origem geográfica, em referência ao Ribeirão Ariranha, que tem esse nome porque tinha muitas ariranhas, também conhecida por onça d'água. Criado através da Lei Estadual n° 11.509 de 10 de setembro de 1996, foi desmembrado de Ivaiporã
Na época do descobrimento do Brasil, a região onde está localizada Araucária, já era conhecida como Tindiqüera. Viajantes que aqui estiveram nos séculos XVI e XVII, bem como os mapas da época, localizavam as grandes aldeias indígenas, aparecendo entre estas a de Tindiqüera.
Em 1.668, o Capitão Mor Gabriel de Lara doou uma sesmaria a Domingos Rodrigues da Cunha e seus filhos na região de Tindiqüera. No final do século XVII, eram proprietários de terras na região o Alferes Gaspar Carrasco do Reis, Luiz da Cunha, Garcia Rodrigues Velho, o Capitão Manoel Ricam de Carvalho e o médico prático Paschoal Fernandes Leite, entre outros. Os habitantes de Tindiqüera, bem como de todo Paraná, viviam em extrema pobreza.
Em 1.837, a Capela de Nossa Senhora da Luz de Tindiqüera foi elevada a Capela Curada, um ano depois foram estabelecidas as primeiras divisas do bairro.
Gradativamente, a população foi transferindo-se para as margens do Rio Iguaçu, e a sede do curato de Tindiqüera passa para o local em que estava a capela de "Nossa Senhora dos Remédios do Yguassú".
Através da Lei Provincial Nº 021, de 28 de fevereiro de 1.858, foi criada a Freguezia do Iguassú. Em 1.868, a Freguezia do Iguassú foi desligada de Curitiba e anexada como distrito de São José dos Pinhais até 1.888, quando volta a ser administrado por Curitiba.
A partir de 1.876, começou a corrente imigratória, isto no tempo do Império, principalmente por poloneses seguidos por alemães, italianos, ucranianos, que notavelmente deram à região um surto de progresso. Na década de 1950, iniciou a imigração japonesa.
A criação do Município deve-se ao encaminhamento feito pelo Major Sezino Pereira de Souza (chefe político da região), redigido pelo médico Dr. Victor do Amaral, de uma petição em forma de abaixo-assinado ao então Governador do Estado, o contra-almirante José Marques Guimarães, solicitando que a Freguezia do Iguassú fosse elevada a Vila e logo em seguida, fosse criado o Município.
Assim, pelo Decreto Estadual Nº 40, de 11 de fevereiro de 1.890, foi criado o Município de Araucária, que teve seu nome sugerido pelo Dr. Victor Ferreira do Amaral.
O primeiro administrador de Araucária, como intendente, foi o Major Sezino Pereira de Souza.
A primeira eleição municipal realizou-se no dia 22 de setembro de 1.892, sendo o primeiro Prefeito eleito de Araucária, o Sr. Manoel Gonçalves Ferreira. Em 1.911, foi criado o Termo Judiciário e em 1.919, o Município foi elevado à categoria de Comarca.
O distrito de Guajuvira foi criado em 1.947, e o Município perde temporariamente sua categoria de Comarca, ficando subordinado a São José dos Pinhais por quatro meses. Em 1.949, Araucária recuperou definitivamente sua categoria de Comarca.
(Fonte: SMCT/03)
EVOLUÇÃO ECONÔMICA
A região de Tindiqüera, mesmo não possuindo ouro, atraiu alguns interessados pela pequena região de campos incrustada e cercada por matas onde predominava a Araucária e a Imbuia. O trabalho consistia em cultivar a terra e criar gado em pequena escala, produzindo apenas o suficiente para o sustento das famílias. O isolamento em que viviam e a ausência do mercado consumidor impossibilitava qualquer tipo de comércio.
Surgiu então na região de Tindiqüera, um pequeno porto para canoas, conhecido como Passo das Laranjeiras. A partir daí se ergueu o aglomerado de pessoas que formariam a Vila de Araucária.
Tindiqüera era também passagem obrigatória entre Curitiba e Lapa. No final do século XVIII, a região produzia feijão, milho, fumo, toucinho, erva-mate e trigo.
Quanto à erva-mate, inicialmente, atendia apenas o consumo local. Mais tarde o produto passou a ser exportado.
Araucária era ponto de parada obrigatória para quem transportava erva-mate da Lapa para Curitiba.
Em 1866 a Freguezia do Iguassú contava com 2.565 habitantes, dos quais, 125 eram escravos que trabalhavam na agricultura e nos engenhos de soque.
Os moradores de Araucária se dedicaram à exploração da erva-mate até a década de 1940 quando houve o declínio das exportações para a Argentina, que se tornou auto-suficiente. Este trabalho era uma atividade exclusivamente masculina.
A presença dos imigrantes estrangeiros a partir de 1876 modificou a paisagem da região, com grande desenvolvimento da agricultura.
A exploração comercial da madeira iniciou-se na Freguezia do Iguassú a partir do século XIX, até a década de 1930, quando entra em crise pela devastação das reservas.
O crescimento econômico da região proporcionou a abertura de mercado para outras atividades geradoras de emprego para a população como olarias, cerâmicas, moinhos, fábricas de palhões, de massa de tomate, de caixas de madeira, de linho, de fósforo, de balas, de bolachas e torrefação de café.
Em 1972, com a instalação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas e em 1973 com a criação do CIAR (Centro Industrial de Araucária), ocorreu um crescimento bastante acentuado e uma inversão no quadro populacional, econômico e social do Município, em que a população urbana passou a superar a rural com a vinda de um contingente populacional de vários pontos do país e a economia que se baseava na agricultura e pecuária passou a ser predominantemente industrial/urbana.
Decreto nº 40/1890
O Contra Almirante José Marques Guimarães, Governador do Estado do Paraná, atendendo ao que lhe requerem os moradores da Freguezia do Iguassu e localidades vizinhas decreta:
Art. 1°. O povoado da Freguezia do Iguassú é elevado à categoria de vila, com a denominação de "Araucária".
Art. 2°. A Villa de Araucária será sede de um Município que terá por divisas: a leste, os rios das Antas, Maurício, Iguassu e Barigüy até a estrada da Villa do Rio Negro ao norte, em rumo do oeste, pelos limites da Colônia Thomáz Coelho até o Rio Verde a oeste por este Rio até o Iguassu, na foz do Ribeirão Izabel Alves até sua nascente d’ahi em procura das dos Rios Turvo que corta a estrada da Areia Branca até o Rio da Várzea ao sul por este Rio até a Foz das Antas.
Art. 3°. É nomeada uma Intendência Municipal para a Villa de Araucária, composta dos seguintes cidadãos: Presidente - Major Sezino Pereira de Souza Vice-Presidente - Capitão Veríssimo de Souza Marques Vogaes - Padre Francisco Soja, Major Joaquim Gonçalves Palhano, Antônio Arlindo Pereira, Francisco Ramiro Assis França e Valter Joslin.
Art. 4°. Ficam revogadas as disposições em contrário.
Palácio do Governo do Estado do Paraná, em 11 de fevereiro de 1890.
José Marques Guimarães
Nota: Coleção Histórica de Araucária - Museu Tingüi-Cuera Vol. 1. Agricultura e Indústria - A Memória do Trabalho em Araucária – 1990
(Fonte: SMCT/03)
MUNICÍPIO
Integrado à Região Metropolitana de Curitiba - RMC, no primeiro planalto paranaense, ocupa uma área de 460,85 km², situa-se a 857m do nível do mar. O Município de Araucária faz parte do centro mais ativo e desenvolvido do Estado, com área de influência em crescente expansão e destaque na Região Sul do País.
Estrategicamente localizado em relação ao Mercosul, o Centro Industrial de Araucária - CIAR, com 46.137.500,00m² de área destinada ao pólo industrial, sediando as indústrias já instaladas e reservada às novas implantações, conta com matéria-prima local disponível para atender, principalmente a Agro-Indústria e a Petroquímica, com infra-estrutura, acesso rodo-ferroviário e fácil conexão com aeroportos e portos marítimos.
(Fonte: SMCT/03)
CIDADE
Situada às margens do Rio Iguaçu, é cortada pela BR-476 - Rodovia do Xisto, via de interligação da Região Sudoeste do País. Está a 27 km do centro de Curitiba.
Nasceu de uma concentração de imigrantes eslavos, voltados inicialmente para a agricultura pelas condições propícias de clima e solo, com o cultivo de culturas como o trigo, milho, batata, hortaliças, fruticultura e avicultura.
Com a implantação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas - REPAR, na década de 70, a cidade começou a sofrer influências do desenvolvimento industrial, servindo de sede a novas indústrias, com geração de empregos e o deslocamento de trabalhadores da área rural para a urbana.
Adapta-se ao processo de industrialização, mantendo suas características agrícolas, o que a torna um importante pólo agro-industrial.
(Fonte: SMCT/03)
POPULAÇÃO
A população atual é formada por descendentes dos primeiros habitantes da região (luso brasileiros, índios e negros) por descendentes de imigrantes poloneses, italianos, ucranianos, sírios, alemães, japoneses e por migrantes vindos de outras regiões, atraídos pela industrialização, a partir da década de 70.
(Fonte: SMCT/03)
Os pioneiros que chegaram à área onde se localiza o Município de Araruna, instalaram-se no alto de uma colina, à margem da "Estrada Boiadeira" que conduzia ao Mato Grosso, iniciando a derrubada da floresta para o cultivo de cereais próprios da região.
O nome de Araruna foi dado ao Município inspirado em uma ave da família das Araras, de cor azul-ferrete que vivia na região, admirada pela sua penugem colorida.Criado através da Lei Estadual nº 253, de 26 de novembro de 1954, e instalado em 29 de novembro de 1955, foi desmembrado de Peabiru.